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Argentina 29/03/2025

Argentina (XXVI Seminário da Cebola): A área plantada no país aumentou 15%

No 26º Seminário da Cebola realizado em Viedma e Ascasubi, organizado pelo INTA, foi discutido o estado atual do setor, com ênfase na influência do mercado brasileiro.

O setor regional de cebola passa por um período de análise, com ênfase especial no desempenho do mercado brasileiro. No 26º Seminário Mercosul da Cebola, organizado pelo INTA, realizado nos dias 21 e 22 de março em Viedma e Ascasubi, especialistas, produtores e empresários do setor analisaram a produção de cebola na Argentina e, entre outros temas, sua relação com o mercado brasileiro.

Foram discutidos tópicos importantes, como área plantada, impacto da irrigação por gotejamento e perspectivas de comércio internacional. Foram apresentadas tendências mundiais de armazenamento e comercialização de um produto, onde mais de 70% das variedades escolhidas para produção comercial são provenientes de melhoramentos genéticos desenvolvidos no INTA.

Um dos principais focos do evento foi a revisão da área plantada no Brasil , que apresenta oferta abundante, embora a qualidade do produto varie devido a problemas de armazenamento. Foi constatado que a maioria das regiões produtoras brasileiras mantiveram ou aumentaram sua área cultivada, com exceção do Nordeste, devido às dificuldades financeiras. Essa região tem capacidade para produzir cebolas o ano todo e compete com a Argentina a partir de outubro, quando o produto nacional precisa estar bem conservado para chegar ao mercado em ótimas condições.

Uma análise detalhada das regiões produtoras brasileiras, de Santa Catarina a Pernambuco, mostrou que a concorrência pela Argentina varia conforme a estação e a região de destino. Embora inicialmente se esperasse um excesso de oferta, fatores climáticos e logísticos podem influenciar a demanda por cebola argentina no Brasil.

Embora inicialmente se esperasse um excesso de oferta, fatores climáticos e logísticos podem influenciar a demanda por cebola argentina no Brasil.

Na Argentina, a área plantada também aumentou 15%. Isso não significa queda nos preços, pois o principal continua sendo o fornecimento do Brasil. Se as condições climáticas forem favoráveis, a necessidade de importação de cebola argentina poderá diminuir, impactando o valor comercial do produto nacional.

Em Río Negro, por exemplo, a área plantada chegou a 8.000 hectares, com variações de rendimento dependendo da tecnologia utilizada. Em Santiago del Estero e Mendoza, no entanto, a produção é voltada para o mercado interno, com menor impacto nas exportações.

Em relação à tecnologia de irrigação, uma das palestras principais destacou a importância da irrigação por gotejamento como uma ferramenta para aumentar a eficiência hídrica e melhorar a produtividade. No Vale do Baixo Rio Negro, Guardia Mitre e Ascasubi, essa tecnologia está sendo implementada progressivamente, permitindo melhor aproveitamento dos recursos hídricos e redução de custos a longo prazo. "Embora a irrigação por gravidade ainda predomine em algumas regiões, os produtores que incorporaram a irrigação por gotejamento alcançaram rendimentos de até 120 toneladas por hectare, em comparação com as 40 a 60 toneladas obtidas com os métodos tradicionais", explicou Germán Cariac, diretor da estação experimental Valle Inferior del Río Negro do INTA.

Em Río Negro, por exemplo, a área plantada chegou a 8.000 hectares, com variações de rendimento dependendo da tecnologia utilizada.

Outro tópico discutido foi o armazenamento e a preservação das cebolas. Foram apresentadas diversas tecnologias utilizadas na Europa, desde estruturas rudimentares até sistemas de armazenamento em atmosfera controlada. Essas inovações melhoram a qualidade do produto e estendem sua vida útil, um fator essencial para a exportação.

Na sexta-feira, 21, os participantes participaram de uma visita de campo na área do IDEVI, onde puderam observar máquinas de colheita mecânica em operação.

O evento contou com a presença de produtores e especialistas do Peru, México e Chile. Nesses mercados, a cebola tem características específicas: no Peru, a produção é altamente voltada para a exportação para os Estados Unidos; No México, são cultivadas variedades adaptadas tanto ao mercado dos EUA quanto ao consumo doméstico, com cebolas de sabor mais picante; E no Chile, a irrigação por gotejamento é amplamente implementada, permitindo uma produção estável e eficiente.

"Produtores que incorporaram a irrigação por gotejamento alcançaram rendimentos de até 120 toneladas por hectare."

Por fim, o comércio internacional de cebola foi abordado sob a perspectiva da dinâmica do mercado europeu e sua influência nos países africanos. Holanda, Espanha e Alemanha são atores-chave neste setor, estabelecendo-se como grandes exportadores e reguladores do comércio global.

O evento foi encerrado com uma apresentação sobre fertilização da cebola, que destacou a importância de equilibrar o fornecimento de nitrogênio com outros nutrientes essenciais, como potássio e boro. Essa abordagem nutricional é essencial para otimizar o rendimento e a qualidade do produto.

Em suma, o evento proporcionou uma análise aprofundada do mercado de cebola, desde a produção e armazenamento até a comercialização internacional. As condições climáticas, a adoção de tecnologias como a irrigação por gotejamento e a concorrência com o Brasil são fatores determinantes na evolução do setor nos próximos meses.

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